Um jornal para ser bem lido tem uma ordem lógica:
1 - A manchete
2 - O cartoon da última página
3 - A necrologia (se for um jornal local)
4 - Os Classificados
5 - O resto dos anexos a que chamam "notícias"
E foi um dia destes que estando desterrado, dei por mim a ler um anúncio da Necrologia que era mais ou menos assim:
Diário de Notícias, 26 de Fevereiro de 2006E isto fez-me pensar no negócio da morte! Eu sabia que estava em evolução, agora não sabia era que havia franchises de uma tal Funerária Popular espalhadas pela Grande Lisboa, com direito a crédito sem juros, organização técnica,
tanatopraxia, urna estofada e viaturas confortáveis! Espero sinceramente é que, nos jazigos e sepulturas que a Funerária Popular mantém, haja aquecimento e aspiração central, rede wi-fi e acabamentos de luxo! Caso contrário, eu desenterro-me e venho-me embora! Anda um gajo a pagar uma morte inteira para depois não ter condições...
Mas nem isto me prepararia para o anúncio que vi no JORNAL DE ESPOSENDE, do mesmo dia:
Então, mas se vai vender o cavalo, quem é que puxa a charrete? E será que o cavalo que está a vender INTEIRO é para fazer outras coisas na boda que não traccionar a carroça? Para já não falar que eu também estaria manso se insinuassem que eu poderia ser vendido de outra forma que não
inteiro...
Para a próxima, acho que leio só os
fait divers (fáite dáivers, como diria um mito vivo da Batalha!), sempre preservo a minha sanidade!