Urticária e Comichões
A saúde mental dos portugueses tem andado a intrigar-me. Quer dizer, a julgar por espécimes como eu e as pessoas que eu conheço, deveria intrigar-me há mais tempo, mas mais vale tarde que nunca!
Esta intriga advém da forma como os portugueses conseguem papaguear os slogans e punch-lines dos anúncios publicitários, sem perceber minimamente o seu alcance. Sobretudo porque aquilo não quer dizer nada, mas isso já são detalhes. Desde o "Ai, ai, estou que nem posso" que lançou a Frize para o topo das ventas, até ao "É que é já (pausa) a seguir!" é todo um chorrilho de disparates usado por tudo e por nada por qualquer idiota neste país.
Abra-se um parêntese para dizer que "É que é já (pausa) a seguir!" entrou directamente para o meu nº 1 de frases irritantes e já esmurrei algumas pessoas graças a essa punch. Feche-se o parêntese.
Mas, infelizmente, esta estuporada frase foi substituída no meu top por um insignificante e simples "OH EEEEEEEEEEEEEEEELSA!". E isto irrita-me pela simples razão de eu não saber quem é a Elsa, não querer saber quem é a Elsa e ver os FDP's da TMN a desperdiçar o dinheiro que eu lhes pago a fazer publicidades destas! É que além de tremendamente irritante, a campanha gira em torno de uma rameira de fraco nível, provavelmente com um tarifário mais baixo que qualquer chamada na TMN! Senão, que mais estaria a "EEEEEEEEEEEEEEEEEELSA" a fazer num parque de campismo, numa tasca rançosa e em casa de um velho alentejano? Isto são claramente locais de ataque e acho mesmo que o velhote alentejano é o chulo! E estou mesmo a ver que à frase "OH EEEEEEEEEEEEEEEELSA!, anda cá ver isto" censuraram a parte em que o chulo dizia "Olha o dinheiro que vamos facturar no Sudoeste à conta destes putos lisboetas cheios de guito e com a moca! Vai arejando os entrefolhos que eu vou ali comprar uns sabonetes e já venho!".
P.S.: E ninguém me tira da ideia que há um rafeiro alentejano metido ao barulho também...