Demência profunda - mais valia estar calado!

Sábado 7:30, estou acordado, há precisamente 1 hora e meia, a estudar para um exame que não vou fazer (decisão tomada neste momento). Tá parvo! - pensam vocês - Estou! - respondo eu - por que carga de água é que eu fui pensar que por me levantar cedo conseguia apreender a matéria necessária para ter aproveitamento à cadeira? Pior, estou naquela fase de autocomizeração, de carpir máguas acumuladas ao longo de uma série de tempo (também ninguém disse que ia ser fácil) - aproveito para fazer uma pausa e referir que se por esta altura não estão a perceber patavina do que estou para aqui a escrever não liguem. São 7:30 de sábado... considerem este excremento linguístico, esta gonorreia intelectual, como uma terapeútica psicanalítica com o intuito de fazer desaparecer traumatismos recalcados através da sua exteriorização dramática, (devia ser verbal, mas todas as pessoas que conheço são normais e estão a dormir a esta hora e acho que se lhes telefonasse deixavam de me conhecer!), vulgo catarse, ou se perferirem: balelas!

Contudo tenho que libertar a frustração que sinto por não me sentir capacitado a fazer um exame fácil (provavelmente ao nível de fuga aos impostos neste país, ou mesmo da viciação de resultados desportivos, ou ...vocês percebem).
Tenho que pensar positivo: ainda faltam as épocas de Setembro e de Recurso (e só preciso de fazer quatro cadeiras para passar de ano [vitória moral(!!!), tendo em conta as que deixo para trás. Porém, o importante é estar no 2º ano a fazer o remanescente do 1º! Epá sou do Benfica e português - estou mal habituado-]

Até porque sou o melhor aluno do curso!...da-se!!!!!!!! (lá está a tal questão das vitórias morais)

Ah! por falar nisso espero que ninguém tenha acreditado nesta história. Quem me conhece sabe que é perfeitamente utópico, quem lê o que escrevo também achou altamente improvável, mas quem só ouviu falar...esqueçam!

O problema é a falta de tempo! Era gajo para ir para a função pública mas depois ficava com tempo de sobra, além de perder o estatuto de trabalhador/estudante ( ninguém ia acreditar que desenvolvia qualquer actividade laboral, atrevo-me mesmo a dizer qualquer actividade cerebral).

"All in all", ou como se diz em bom português "no cômputo geral" - grande tradução, ou não - o que é preciso é saúde, empreendedorismo e ética! Se bem que esta última possa ser considerada como um activo intangível e, portanto, difícil de consubstânciar!

Reparem bem, este meu rasgo de criatividade (sou muito óptimista) demorou uma hora a ser concebido, volto a repetir: uma hora! Bati no fundo...


P.S. - Ò C. porque é que és tão bronco? W. escusas de responder, é uma pergunta retórica. Estou "on the verge" do precipício, não me faças recuar. Tenho que dar a volta por cima e dar um passo em frente!


P.S. 2 - Acabei de descobrir o meu futuro profissional: PRAXOLOGISTA (n.r. praxologia: ciência da actividade em geral, incluíndo o estudo do trabalho) em instituições públicas. Atentem bem: como é que um gajo estuda o trabalho se ele não existe? No meio de tanto curso que não serve para nada deve haver um que me qualifique...ou não!

P.S. 3 - Posso sempre fazer uma lobotomia, mas só em último caso. Não quero ficar inteligente por causa de uma operação. É injusto! Se os outros conseguem eu também!