29 junho 2005

É hoje que mando uma posta!

Depois de um marketing manhoso à laia de TVI, decidido porque o belógue andava morto, é hoje que venho postar. E vou postar sobre um drama que atinge milhões de portugueses, mais precisamente todos aqueles que veêm telejornais; o drama dos apelos!
Eu cada vez mais acho que os portugueses são viciados em apelos. No final de cada peça ou de cada directo, há sempre uma alminha - o chamado transeunte - normalmente o mais exaltado que no fim fica assim mais calmito, que resolve fazer o apelo do dia, normalmente para acabar com um "flagélo" qualquer! É qualquer coisa do género:
- Eu queria APELAR ao senhor Presidente dos EUA para acabar com a Guerra no Iraque!

- Eu quero lançar um APELO para que a Humanidade acabe com a fome no Mundo.

Ou ainda o multi-funcional, o que em pronto-a-vestir se chama "one size fits all":
- EU LANÇO DAQUI O APELO PARA ACABAR COM ESTA POUCA-VERGONHA!!!

Realmente, se há coisa em que os Portugueses são bons é a lançar apelos! Aposto que se houvesse um campeonato da Europa de Apelos, não havia Grécia que nos parasse! Deve estar nos nosso genes...

Outra coisa que também deve estar nos nossos genes é outro cliché (esta posta está a ficar internacional, já escrevo em estrangeiro e tudo!) que nós usamos por dois motivos: tudo e nada!
Quem de entre todos nós (os dois leitores e as minhas múltiplas personalidades) nunca chamou o empregado/chefe de mesa/gerente/dono de uma tasca para servir mais uma rodada de minis - eu bebo às rodadas, mesmo quando estou sozinho; o médico diz que é perigoso privar as outras personalidades de álcool, podem tornar-se violentas - por esse belo epíteto que é "CHEFE"? E a prática vulgarizou-se, não há canto de Portugal onde não haja um chefe, desde o senhor que nos vende o jornal, ao barbeiro e acho até que estão a estudar uma moção na Assembleia da República para que os deputados se passem a tratar por "Oh Chefe" entre si e que se dirijam ao Primeiro-Ministro por Chefe-Mor (deve ler-se "mór" e não "môre", isso só os mais intimos poderão fazer).
Quem está descontente com a medida são os chefes de todas as repartições públicas que acham que vão perder prestígio. Já tentaram marcar uma greve, mas a agenda está cheia, só podem parar de fingir de trabalhar em Maio de 2008.
Mas a minha grande dúvida é: com tanto chefe, será que portugueses e índios têm uma herança genética em comum?

Para rematar, queria deixar aqui um APELO:
Oh CHEFES, deixem-se disso pá!

2 sem piedade...

Por volta das junho 30, 2005 3:56 da tarde, Anonymous Anónimo expôs:

Ò chefe! Ó...ó maior! Táoubire! Num quero dessas sem vergonhices na minha roulote, tás a ouvir? Bá! Bai-te encostar p outro sítio! *** do carago... ó... ó moço!... Da...(peido) Da-se!...Deixa a chavala em paz, moço! Tásoubire...
(final da música bazamos ou ficamos)

 
Por volta das julho 01, 2005 7:48 da manhã, Blogger saviol expôs:

wERQUID tens sempre aquela clássica do ano passado:
-"Oh faxavôr!"
LOOOOOOOOL

 

Arrazoar!

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