17 novembro 2004

Toda a verdade!!!

O Staff Pois... Não Sei!!! apresenta hoje toda a verdade sobre O Rádio do Citroën Visa Que Comia Cassetes. Apresentamos uma entrevista em exclusivo com o proprietário do Rádio em questão: devido ao final dramático da história ele fará as suas declarações com a voz distorcida.

Staff Pois... Não Sei!!!: Boa noite dona Esmeraldina Eloi. Conte-nos como começou o problema com o seu Rádio.

D. Esmeraldina Eloi: Olhe, eu comprei o Citroën Visa por mero engano. O stander era mesmo ao lado do Banco e eu até queria um cartão de crédito! Bem que estranhei estarem lá muitos carros, mas pensei que era uma daquelas promoções malucas!

PNS: Exacto, uma estratégia de marketing agressivo, levando as pessoas a contraírem empréstimos desnecessários com o simples intuito de as subjugar ao capitalismo.

DEE: Pois... Não Sei!!! Só sei que havia carros! Bem, eu entrei por ali adentro e disse ao senhor que queria um Visa Dourado. Ele disse que só tinha em cinza prateado e eu disse que podia ser, que até ficava bem com o Cartão da Caixa que é assim azulinho.

PNS: Já com o contribuinte não vai tão bem, aquele verde-escarro não é nada 'fashion'! Mas prossiga por favor.

DEE: E pronto, lá saí do stander com as chaves na mão!

PNS: E o carro?

DEE: Ah, isso fui buscar uns dias depois que ele não pegou e teve que ir para a oficina!

PNS: O célebre problema dos carros usados...

DEE: Pois é, pois é... Vidas! Mas eu devia ter visto logo ali que aquilo era um sinal! Mas, casmurra, insisti, olhe, hoje estou assim como vê...

PNS: Realmente a senhora está um bocado abatida! Conte-nos tudo: como foi a sua relação com o carro?

DEE: Com o carro sempre foi boa. O pior foi com o Rádio! Aquilo foi por causa do dono antigo. Eu vim a saber mais tarde, por intermédio do marido de uma prima minha que é muito amigo de um tipo é estivador no Porto de Leixões, que o carro tinha pertencido a um brutamontes que... eu até me custa dizer isto...

PNS: Diga, diga, está perfeitamente segura, a sua letra está distorcida!

DEE: Então pronto, cá vai: o brutamontes abusava do Rádio! É esta a verdade! Ele obrigava-o a passar músicas como o "Pump It Up", o "Summer Jam" e essas músicas pimbas de sábado à noite!

PNS: É de facto um abuso intolerável! Mas hoje em dia isso é crime público, o abusador nunca foi denunciado?

DEE: Não, nunca foi! Sabe como é, as pessoas não querem saber, acham que nunca vão estar ao lado deles no semáforo, preferem passar ao lado e chamar "bimbo" assim baixinho...

PNS: É de facto um drama...

DEE: E traumatizaram-me o Rádio! Ele desde muito cedo que dava sinais de não andar bem; desligava-se, tentava sintonizar o RCP, enfim, coisas altamente mórbidas! Mas eu não prestava atenção! Oh, como me sinto arrependida! [choro compulsivo]

PNS: Tenha calma, tem aqui uns lenços de qualidade, foram todos testados em rabinhos de bebé e eles não choraram, acharam-nos macios!

DEE: [fungadela] Obrigada. Sabe, isto é muito difícil para mim, eu sinto-me tão culpada! Por isso é que eu não sou capaz de dar a cara...

PNS: Compreendo. Mas por favor, conte-nos a sua história foi para isso que a raptámos e colocámos a pão e água sob incalculáveis sevícias.

DEE: Ah, sim, claro. Por falar nisso, antes de vir para a entrevista estava a ser violada. Se desse para acabar antes de ser libertada...

PNS: Com certeza, podemos tratar disso. Agora a história!

DEE: Com aquele moçoilo africano, o Justino da Gaita Grande

PNS: A HISTÓRIA!!!

DEE: Certamente. Bem, chegou um ponto que O Rádio do Citroën Visa começou a comer cassetes! Aquilo não havia hipótese! Ia tudo! Era Fado, era Música Clássica, ele até chegou a comer umas cassetes do Leonel Nunes!

PNS: Inacreditável!

DEE: Pois é. Mas eu continuava a não lhe prestar atenção. Nunca lhe dei palavras de carinho e afecto, nunca falei com ele, nunca o levei ao psicólogo... Até que... [mais um choro compulsivo]

PNS: Tem aqui um lencinho.

DEE: Obrigada. [Fungadela] Até que um dia o Rádio se calou para sempre. O senhor da oficina de auto-rádios disse que tinha sido uma indigestão com uma cassete do Zé Cabra mas eu sei que não foi! Sei que foi desgosto. Não aguentou mais esta vida e decidiu deixar-me...

PNS: É de facto um drama! E não tentou fazer nada para resolver a situação?

DEE: Tentei! Comprei um auto-rádio com leitor de MP3 e tudo mas ele também me comia os CD's. Acho que era familiar do outro Rádio, dEUS o tenha em descanso...

PNS: Quer dizer que hoje em dia não ouve música no carro?

DEE: Quer dizer, não! Até porque vendi o carro e passei a andar de autocarro. Assim o cheiro a sovacum dá moca e eu ouço música na minha cabeça, sem risco de engolir o que quer que seja. Até porque diz que não se deve engolir...

PNS: Muito obrigado pela sua história D. Esmeraldina Eloi, espero que ultrapasse rapidamente esse trauma... Boa noite!

DEE: Não tem de quê! Tive muito gosto! Agora eu queria saber era onde é que está o Justino!!!

PS: Bolas, tenho mesmo que deixar o raio do chá preto!

3 sem piedade...

Por volta das novembro 18, 2005 12:50 da tarde, Blogger olhóguepe expôs:

Está simplesmente ... lindo.

Qual novela "Ninguém (tão estúpido) Como Tu"


Onde é que foste buscar esta obra d'arte?
Mto Bom mm

 
Por volta das novembro 18, 2005 5:16 da tarde, Blogger Maria expôs:

Parabéns pela fértil imaginação!
Ficamos à espera dos próximos "episódios"...

 
Por volta das novembro 22, 2005 8:55 da manhã, Anonymous Anónimo expôs:

Com nível... LOOOOOOOOOOL!
Fico feliz é dela não me ter encontrado para acabar o k tinha começado. Quando eu reparei k era uma velha k estava a violarnão te passa. Dasss...

 

Arrazoar!

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