15 junho 2010

Requiem

Nota prévia: Favor clicar aqui e meter a musiquinha a tocar. Depois, voltar para continuar a ler o post. Já cá estão? Óptimo, vamos lá então.

Depois de muitos anos de anos de valoroso serviço à humanidade, desapareceu do nosso convívio o valoroso garrafão. Sobrevivente de tenebrosas afrontas, como a utilização de um congénere de plástico, sendo inclusivamente utilizado para transportar água, o garrafão não sobreviveu à sanha capitalista de quem quer arrumar caixas quadradinhas a menores custos. Deixa o mundo mais arrumado, sim, mas mais triste, sem um objecto que encerra em si um misticismo inigualável.

Foto do defunto

Para os portugueses, é uma perda complicada. Já ficámos sem a botija da Sagres, agora vemo-nos sem outro dos ícones das tabernas portuguesas. Mas sem a sua valorosa companhia do garrafão, perdem sentido outras fantásticas instituições portuguesas:
  • As excursões em autocarros podres, com destinos tão sofisticados como "as cerejeiras em flor" ou "a apanha da castanha", em que a bagageira dos autocarros leva quase tanto vinho como a pança do motorista.
  • As tascas que vendem copos de tinto, servidos directamente de garrafões em balcões cheios de sebo, e com um leve cheiro a mofo no ar?
  • Pior, os concertos de música popular alternativa. Não acreditam? Ora como é que o LN vai dar uma trombada com uma coisa destas? Pode muito bem ser o fim de uma era...



14 arrazoaram

14 junho 2010

Um e outro


Fonte: PHD Comics

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